O Dia Mundial do Orgasmo é uma ótima ocasião para discutir o tema, sem mistificações
Sem muita divulgação na mídia e por isso não lembrado pelo grande público, o Dia Mundial do Orgasmo é celebrado em 31 de julho. Com uma origem não muito especial – nascida de uma ação publicitária pensada pelo setor de sexshops do Reino Unido, no fim da década de 90 – a data acaba tendo relevância por ser uma oportunidade para falar sobre o assunto, não como um tema tabu, como quase todos que se relacionam com a sexualidade.
Falar sobre o orgasmo e importante, primeiramente, porque sexo está ligado à saúde. Muitos dos cuidados pessoais que devemos ter impactam diretamente nossa vida sexual. Além disso, o bem-estar pessoal também está ligado a uma relação íntima tranquila e sem impeditivos. Ou seja, não faltam motivos para falarmos do assunto!
Em mais um post com dicas de saúde, o blog Cuidado pra Vida fala sobre o Dia Mundial do Orgasmo abordando importantes tópicos que talvez não sejam tão discutidos por aí. Continue a leitura!
Tema tabu para quem?
Ainda que o conservadorismo esteja em alta nos dias de hoje, podemos dizer que discutir a sexualidade atualmente é algo bem mais comum do que há alguns anos. Mas ainda há quem estigmatize o tema, considerando-o inapropriado ou até algo algo moralmente condenável de se debater.
Tratar como tema moral um assunto relacionado à saúde acaba sendo prejudicial para a sociedade como um todo. Um exemplo claro é a discussão sobre a necessidade de educação sexual nas escolas. Mesmo sendo uma recomendação da ONU desde 1994, ainda não há no currículo básico escolar brasileiro uma disciplina voltada exclusivamente para a sexualidade e a saúde reprodutiva.Um dos reflexos dessa lacuna educacional, fruto de uma visão retrógrada, são os altos índices brasileiros de gestantes ainda adolescentes: 59 em cada 1000 mulheres de 15 a 19 anos de idade no país (números de 2019).
As mulheres também sofrem com essa visão moralista sobre o sexo. Em uma sociedade que passou por décadas tendo uma formação eminentemente machista, ainda são raras as mulheres que compartilham seus anseios e necessidades relacionadas ao sexo, mesmo quando têm parceiros fixos. Com isso, o prazer feminino muitas vezes é relegado a um segundo plano, privando muitas brasileiras de uma vida sexual plena.
Orgasmo para todos. E todas
Falar sobre sexo nunca foi uma tarefa direcionada às mulheres. Por mais que sempre tivessem a necessidade e o desejo, uma visão conservadora do mundo moldou a opinião da sociedade em geral, incluindo a delas. Sem conseguir falar de seus desejos, o público feminino também teve por muitos anos seus anseios longe de serem atendidos.
O resultado? Para muitas mulheres, o orgasmo é muito menos comum e natural do que deveria. Ou ao menos é algo não tão recorrente como é para os homens. Uma pesquisa da USP realizada em 2016, que entrevistou 3 mil mulheres entre 18 e 70 anos, revelou que metade delas nem mesmo chega ao orgasmo.
Então, é muito claro que as mulheres foram negligenciadas quando o assunto é prazer na hora do sexo. Felizmente, essa é uma realidade em mudança e é muito provável que só melhore.
Hoje, os debates sobre o orgasmo feminino aumentam, dando origem, por exemplo, a sexshops totalmente dedicados a elas, assim como podcasts, blogs e outros conteúdos que giram em torno desse tema. Se as mulheres conseguem encabeçar e liderar os debates sobre o assunto, certamente poderão ter seus desejos considerados e ouvidos/lidos com a devida atenção.
A vida sexual e o prazer na terceira idade
Se falar sobre sexo e orgasmo feminino é tabu, que dirá a vida sexual na terceira idade? Pessoas nessa faixa etária, muitas vezes, são invisibilizadas na discussão. O etarismo também se faz presente quando falamos de sexo, como se pessoas mais velhas simplesmente não tivessem mais interesse ou saúde para transar.
Coincidentemente, o dia dos avós, comemorado no dia 26, também acontece em julho, mês do Dia Mundial do Orgasmo. Então, por que não pensar que é uma ótima ocasião para falar disso? Já adiantamos o seguinte: o sexo não muda quando se chega à terceira idade. Na verdade, tem tudo para ser melhor.
Se há uma coisa que faz toda diferença quando estamos mais velhos é a experiência, o que também vale quando falamos de sexo. E principalmente para parceiros que estão juntos há anos, esse tempo a mais de vida serve também para adquirir maior conhecimento sobre a outra pessoa e o que ela gosta na hora da intimidade.
Isso tudo resulta em uma experiência sexual muito mais prazerosa, íntima e divertida. O orgasmo tem tudo para acontecer mais vezes, de maneira muito mais intensa e com um valor muito maior. Como resultado, saúde e bem-estar melhorados também devem ser levados em consideração nesse contexto.
E a vida sexual ativa na terceira idade também tem ótimos efeitos nos relacionamentos. Em muitos casos, estamos falando de casamentos que duram anos, até décadas. Nessas situações, o orgasmo pode ser o segredo da felicidade do casal e de uma ideia positiva sobre o matrimônio. Essa é a conclusão do estudo “Atividade Sexual e Saúde Psicológica como Mediadores da Relação entre Saúde Física e Qualidade Conjugal”, que entrevistou casais na faixa etária dos 57 aos 85 anos de idade.
Não à toa, muitos pesquisadores relacionam a saúde física e mental na terceira idade à prática de sexo e ao orgasmo. E o aumento da produção de estudos acadêmicos sobre o tema é uma importante forma de desmistificar um assunto que não deveria ainda ser um tabu.
A saúde e o orgasmo
O orgasmo demanda saúde. E consequentemente, uma vida mais saudável também leva a mais orgasmos. Uma rotina sexual ativa depende de uma rotina ativa. Parece a mesma coisa, mas não é.Ter prazer e se sentir bem numa relação íntima é muito mais comum quando se está saudável, o que depende de como você encara seus hábitos e seu dia a dia.
Por exemplo, você sabia que a impotência sexual, em muitos casos, está diretamente ligada ao sedentarismo? Da mesma forma, ainda que as coisas “funcionem” durante o ato sexual, pessoas sedentárias terão muito menos disposição para levar seus parceiros ao orgasmo.
Condições como a falta de libido – ou a disfunção erétil no caso dos homens – também podem estar ligadas à altos níveis de estresse. Primeiro, com ligação direta à dificuldade de concentração e relaxamento. Além disso, há também o impacto que o estresse gera no corpo humano, não permitindo que ele funcione da maneira certa.
Mas se você, independentemente do gênero, quer ter uma vida sexual ativa em qualquer idade, há um bom caminho de cuidados e hábitos que podem ser seguidos. Para tornar o orgasmo algo recorrente na sua vida, cuide do seu corpo e da sua mente. Boas dicas para isso são:
- Visite médicos especialistas regularmente para acompanhar sua saúde de uma maneira geral;
- Lide com o estresse tendo consciência de que é uma doença. Busque tratar com ajuda médica, mas não esqueça também que você precisa ter atividades e momentos que funcionem como uma válvula de escape;
- Alguns hábitos podem atrapalhar no seu desempenho sexual. Fumo e bebida em excesso são os principais;
- Uma alimentação saudável influencia em tudo na sua vida, o que não é diferente quando falamos em sexo;
- Deixe as restrições de lado e sempre converse abertamente com seu parceiro ou parceira sobre a relação de vocês. Esse é um bom caminho para se conhecerem melhor e chegarem ao orgasmo com frequência e facilidade.
Cuidar da saúde é se preocupar com o prazer
Felicidade e bem-estar estão diretamente ligados ao orgasmo. E isso não depende de gênero e nem idade. É muito mais uma questão de saúde. Então, cuide do seu corpo e da sua mente, se informe e esteja sempre aberto a novas ideias. Você e quem te acompanha só têm a ganhar com isso.
E para cuidar da sua saúde e do seu cônjuge, você pode contar com a Colo da Mãe. Com nossa tripla proteção, todo casal pode contar com o Médico na Tela, um serviço de telemedicina com consultas liberadas, 24 horas. Além disso, nossos planos contam com um Seguro de Acidentes Pessoais e Plano Funeral, todos com a qualidade SulAmérica, uma das maiores seguradoras do país. Visite nosso site, escolha seu plano e contrate o seu agora mesmo!